As células dendríticas (Et: do grego δένδρον, árvore; ou DC inglês: Dendritic Cell), são leucócitos que protegem o corpo de antígenos, tanto invasores quanto próprios. Embora as células dendríticas constituam parte do sistema imunitário inato, sendo capazes de fagocitar patógenos, a sua principal função é processar material antigênico, devolve-lo à sua superfície e apresentá-lo às células especializadas do sistema imunitário. Neste sentido, atua como vínculo entre os dois sistemas.Além disso, as células dendríticas são especializadas na captura e apresentação de antígenos para os linfócitos e são consideradas uma ponte entre a imunidade inata e a adaptativa, por serem atraídas e ativadas por elementos da resposta inata e viabilizarem a sensibilização de linfócitos T da resposta imune adaptativa.Deste modo, as células dendríticas são células apresentadoras de antígenos. As células dendríticas existem em diferentes grupos de vertebrados, mas as suas características diferem entre um grupo e outro e inclusive dentro de um mesmo grupo. Embora sejam comuns dos mamíferos, também foram detectadas em frangos e tartarugas.O seu nome faz referência a projeções citoplasmáticas que se desenvolvem num determinado momento do seu processo de maturação, semelhantes aos dendritos dos neurónios. As células dendríticas foram descobertas em 1973 por Steinman e Cohn como uma nova linhagem de células nós órgãos linfóides de camundongos (CONTI, Bruno José et al., 2014). <http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/biosaude/article/view/24351> Um estudo recente revelou a presença de células dendríticas no cérebro, o que pode representar uma segunda linha de defensa contra os patógenos que consigam atravessar a barreira hematoencefálica. Estas formam parte da chamada ''micróglia heterogênea''.As células dendríticas pertencem a um tipo de leucócitos chamados fagócitos. Devido à sua elevada eficiência no momento de fagocitar material prejudicial ao corpo, as células dendríticas são consideradas fagócitos «profissionais», como neutrófilos, monócitos, macrófagos e mastócitos. Parte da eficácia fagocítica das células dendríticas deve-se à presença, em sua superfície, de moléculas chamadas receptores Toll-like, que podem detectar alguns patógenos, mas não são específicos, pois reconhecem que aquilo é estranho ao organismo, mas não têm a capacidade de diferenciar qual é o patógeno. As células dendríticas possuem duas linhagens celulares originadas das células tronco da medula óssea, são elas a linhagem mielóide e a linfóide. A primeira origina as células de Langerhans (pele), células dendríticas intersticiais (derme e interstício de órgãos sólidos) e células dendríticas derivadas de monócitos (imaturas e encontradas no tecido epitelial). Já as linfóides são as células dendríticas interdigitantes (folículos dos linfonodos) e circulantes (sangue, pequena quantidade). Estas são responsáveis por grande parte da produção de citocinas antivirais.<br />Tal como outros linfócitos, as células dendríticas derivam de células tronco hematopoiéticas pluripotentes. Quando são ainda imaturas, a sua função é ir procurar constantemente patógenos no meio que as rodeia mediante receptores de reconhecimento de padrões (os Toll-like). Assim que encontram um antigênio válido, começam a amadurecer e migram para os gânglios linfáticos, onde se encontram os linfócitos. Quando os linfócitos T detectam um antigênio numa célula dendrítica, ativam-se, proliferam e diferenciam-se em células efetoras. Por sua vez, os linfócitos T ativam os linfócitos B, que produzem anticorpos, e a partir desse momento a defensa contra os patógenos passa para o domínio da imunidade adquirida.<br /><br /><br />== Referências ==
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